O belo rapaz da
photo
O cemitério de Stº Amaro era um verdadeiro playground,
este local, era como se fosse um parque de diversão, brincávamos de tudo,
comíamos todos os frutos, bem "adubados" que aquele local maravilhoso
oferecia. Já na adolescência nos nus reuníamos para estudar, namorar e etc. Na
semana do dia de finados o grande lance era ganhar uma graninha lavando túmulos
e capinando as covas de chão. O Vigia que morava lá dentro do cemitério era um
cara sinistro e de poucas falas. O túmulo da menina sem nome era nosso local de
consolo e fé. Agora em se tratando de obra de arte nada mais exuberante que o
tumulo da família CICA que fica logo na entrada do CEMITÉRIO. Hoje moro em São
Paulo e quando fui rever o cemitério de Stº Amara fiquei muito triste, pois
desmataram, arrancaram à maioria das arvores frutíferas, isso só pode ter saído
da mente de uma alma sebosa que deveria estar morando lá definitivamente... Certo
dia eu estava com umas amigas no cemitério mostrando o tumulo dos membros da
maçonaria, quando de repente Aninha olhou p/ Gina e disse: - Olha que gato.
Referindo-se a foto de um belo rapaz que estava num tumulo próximo. Fomos
embora e á noite, como sempre, ficávamos tomando aquela bela fresquinha na
frente da casa delas, pois elas eram primas e moravam com seus avós na rua do
sossego. Era uma noite tranquila e o tema da conversa das duas era a dita foto
que nós havíamos visto naquele tumulo, estávamos sentados numas cadeiras
de balanço, de repente do nada começou a cair uma chuvinha e dona Regina a avó
delas, nos chamou para tomar aquela sopinha maravilhosa com aquele pãozinho
francês que ela acabara de requentar no forno. Para ser cavalheiro fiquei de colocar
as cadeiras para dentro, pus a minha a de Gina e quando fui colocar a careira
em que Aninha estava sentada ñ consegui tirar a cadeira do lugar e o pior é que
a cadeira ñ estava preza a nada, nada mesmo. Entrei meio envergonhado e receoso
para dar a notícia. - Juro pus todas as cadeiras para dentro mais a tua Ana ñ
quer sair do lugar! O avô, Sr.º Carlinhos disse :- Tu és mesmo um cabra frouxo
! Tu tais é com medo dessa chuvinha, vô lá! De repente a chuva aumentou e dona
Regina disse: - Você vai é pegar um resfriado, deixa, pois assim a chuva da uma
lavada mela, a cadeira é de ferro enrolada de plástico, ñ vai estragar. Aquela
que era a sopa mais deliciosa, para mim perdeu o gosto, mas mesmo assim tomei
incentivado pelas meninas e aguentando as risadas de Sr. º Carlinhos. Só que do
local onde eu estava, dava pra ver a parte de cima da cadeira balançando como
se tivesse alguém sentado nela. Terminei a sopa e disse: - Olha lá, a cadeira está
balançando!!! Seu Carlos disse: - É o vento!!! Ai eu disse: - A é, vou lá.
Deram-me um guarda-chuva e fui lá, tentei parar a cadeira, mas ela ñ parava de
balançar. Seu Carlos disse: -Tu está é com folegarem. Voltei e disse: - Que é
isso seu Carlos? Ele disse:- Eu vou lá, e se tu tiveres com brincadeira vais
ganhar um cascudo. Pensei. Tô lascado, esse fantasma vai fazer seu Carlos me dá
um cascudo daqueles!!! Quando ele pegou na cadeira a cadeira parou de balançar
– Está vendo? Disse seu Carlos:- vai levar um cascudo! A chuva deu uma estiada
e quando ele foi colocar a cadeira para dentro a cadeira ñ saio do lugar, ele
viu que a cadeira ñ estava presa a nada, chamou todos nós e perguntou se o
nosso papo era sobre a tal foto vista no cemitério. – Sim. Disse Gina. Formamos
uma corrente ao redor da cadeira e fizemos uma oração forte na intenção daquela
alma. A cadeira estava libertada !!! Os curiosos, parentes e amigos, vinham
sempre conhecer a cadeira do belo rapaz da foto. Seu Carlos trocou as cadeiras
por umas novas e vendeu aquela cadeira assombrada que minguem tinha
coragem de sentar, pro homem que passava comprando ferro velho.
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